terça-feira, maio 10, 2011

Primeiros raios edênicos



À inércia preferida,
Dei em contrapartida um ato
Neste primeiro ato, desataram-se linhas imaginárias
E surgiram linhas douradas sobre minha cabeça.
Nas respirações profundas e conscientes,
Fui sentando a mente no meu colo,
Enquanto a emoção de viver emergia aos olhos.
A cada linha oculta lida, um culto é lembrado
A cada lembrança partida, um pedaço de mim é colado.
O grande criador surge aos poucos no horizonte,
Ele ainda não é o sol,
O Sol e a Lua, talvez sejam seus olhos...
Olhos nos olhos do sol, olhos nos olhos da lua
Dos pés ao topo da cabeça,
O ventre materno nutre os fetos ansiosos e nervosos.

Um grande rei andrógino dorme na caverna,
E seu povo grita à sua espera,
Um mago? Um bruxo? Um Deus? O Deus?
Estou confortada em um berço de plumas,
Meu coração começou a não disparar de medo...
Eu vejo vindo os primeiros raios edênicos.