sexta-feira, março 18, 2011

Adquirimos o hábito de viver uma história fantástica,
e enjaulamos um animal divino.
Tem dentes de prata, olhos de águia,
Garras de tigre, e pelugem negra.
Atrás de si a escuridão do infinito.

Ao passar, um presságio: a serpente sagrada...
Ouvirão sob a terra as ordens dos Deuses,
Os murmúrios dos espíritos,
Os ensinamentos dos elementos.

Reinarão os loucos sob as catacumbas,
E os livres voarão.
Os mestres serão eleitos por nascimento,
E elegerão uma nova moeda.

quarta-feira, março 16, 2011




Tato

Como o tudo mais roubado,
és tu agora a correr sob as folhas amarelas do parque.
Meus sentidos são todos ouvidos e bocas
num construir e descontruir incessante.
Vendo assim até pareces menor que eu
numa idade que não nasceu para os números pesados
e nem para o outono.

Teus passos são como as melodias de Black stallion,
E eu não quero te prender aos pés dos bancos.
Hoje o céu é cinza como cinza estive
E os trovões reclamam...
Mas eu continuo porque és tu agora a correr sob as folhas amarelas do parque
E meus sentidos são todos olhos e olfato.

terça-feira, março 15, 2011

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N'aurora, minha janela ao leste diz
Com a circunferência tomada pelo Deus amarelo
Que é mais um dia e que
Viestes em pensamento
Acordar-me a ternura.
Dos meus lábios ao deus amarelo, surge um som:
- Bom dia Sol, Om Tat Sat - e dela, quero logo um abraço...
Passa-tempo-tempo-passa.

Ela mora em uma vila encantada
Onde este Deus nasce em sua porta
E vem hasteando-se no horizonte
Ela têm cachorros, e árvores
Logo me tem, intercalando luas e sóis.


Eles vêem dos céus dourados
Dourando tua pele e pêlos
Eu nem sei quais são raios
Quais são cabelos

Das iluminuras,
Teus cristais vemelho-poente.
Do que desvanece,
O teu sopro branco e quente.