terça-feira, agosto 16, 2011

Minha literatura é imatura...
Nem minha ordem mental me atura.
Escrever agora não me cura,
Melhor doar à quem não jura
Nunca calar-se de amargura.


Eu tenho ramos de bravura
Ramos de bravura.

Mas,
Escrever agora não me cura.
Escrever agora não me cura.
Escrever agora não me cura.

Eu tenho febre.
Meu Deus,
Eu tenho febre.

Ouça, ouça
O amor é só uma força
Que arde os olhos e queima a vista,

Ouça, ouça,
Não importa o que aconteça,
Apague tudo da cabeça.

sobre o conceito de liberdade atual.

O modismo antigo sobre a liberdade amorosa nos causou a sensação errônea sobre liberdade. libertou a vaidade ruim latente no humano, além de separar um corpo da capacidade de se tornar uníssono com o outro, apenas pela possibilidade de ter várias outras harmonias. Não que isto seja errado, mas cientificamente, todo método está sujeito tanto ao êxito quanto ao declínio. A sexualidade é um mar de imagens emitidas sensorialmente pela mente de gaia em união à shiva.
Arquétipos energéticos são suscetíveis à ilusão imaginária.
Talvez, só talvez, seja por isso que eu tenho uma borboleta próxima à lua,
Seja quem for, este satélite,
Mas o Sol me forjou em nascimento.
- desabafo.


05:50 AM, iTABUNA/BA.
Cada coisa há, o que há.
porque há nesta coisa
o que em toda coisa haverá.



- André, Edilson, Adonias, e Júlia. Obrigada caras.

sábado, agosto 13, 2011


Meu lugar é ao lado de 'Jah'. Ele me guia, eu o ouço. Ele fala através da minha voz interior. Você deve deixar essa voz falar, ainda que você se sinta nu(a). Porque só assim nos despiremos das vestes sociais e nos encontraremos com o nosso verdadeiro eu. Toda primavera em minha vida trás as flores, e o alvorecer de novas coisas. Mês que vem é primavera, a penúltima antes da terra entrar no cinturão de fótons.

Um ser, sozinho e auto-realizado é infeliz porque vê nos outros a distância de si mesmo, e ser distante do eu verdadeiro é ser infeliz. O sofrimento leva o homem a olhar além, pois ele constata que essa realidade é cheia de dor e miséria, falta de AMOR, e tenta na fuga, arriscar-se a ouvir a verdade que existe latente e potente dentro de nós. Uma pequena observação da natureza nos entrega as chaves, e uma pequena atitude mediante essa observação nos abre as portas. Falo de percepção.

A humanidade inteira não passa de um mar de consciência, emoção e energia. Ela inteira é a história do mundo, a história do criador, (His-story) e devemos usar nossa criatividade para abrir caminhos e soluções para uma vida harmônica e real sobre a terra, respeitando esta, pois é um ser vivo. Assim como habitamos nosso corpo emprestado pela matéria telúrica, habitamos também um planeta no qual somos visitantes. Acaso você chega de malas feitas na casa de uma pessoa, e habitando lá inconsequentemente, destrói tudo o que toca e assassina os moradores?

Vivemos um tempo em que necessitamos despertar, e isso já virou clichê de tanto tentarem elucidar os povos. Eu particularmente vivo todos os dias atrás de combustão. Quero ascender o cerne e discernir. O céu é aqui. Olhe só para o alto, não existe ninguém lá que comande tua vida, no máximo quem lhe auxilie.

Se existe alguém comandando tua vida erroneamente, este alguém mora dentro de você ou é um visitante maldito.

Este texto é um desabafo de um sábado como outro qualquer, mas olhando de perto tudo é mais significativo.

Espero ter expressado o que sinto.

Comunique-se.

Cuidado com a informação que você recebe. Ela pode estar te fechando a porta para a verdadeira vida.

...


Uma vez, uma pessoa me disse: "Você tem que saber que 'isso' não é um conto de fadas"...
Me quebrou sim, mas não é de fadas que eu acho que seja este conto, mas é o conto, o sopro, o balbuciar do tempo através da vivência dos seres, contando A HISTÓRIA FANTÁSTICA que se deve orgulhar (temer, talvez) quando se tem a maldição/bênção de poder vivenciá-la. Viver é para poucos. Minha guerra é para me inserir neste jogo.




Always stoned, BUT..

IMMACULATE.

quinta-feira, agosto 11, 2011




Quando acho que achei
Perco o pensamento
E só encontro aqui dentro.

Mas olha lá!

Quando acho que não há
Mais-que-vivo ainda está
E só haverá de assim ser aqui dentro.

Olha de novo.

quinta-feira, junho 16, 2011

Frio.

Nem de quente.
frio de fome,
frio de força,
frio por quem tem nome,
frio porque é assim,
Todo alguém ama pra sempre
Amo sim.

terça-feira, maio 31, 2011

Alado e azul
Como num berço mágico
Esmoeceu à noite, revirou a alcova
Subiu na cama nova
pintou a boca de rosa
e saiu para dançar

sabia mesmo que havia algo
Acontecendo naquele céu
dias de sinais abertos
é só ler no jornal

Estão chegando os novos tempos
E os novos ventos já trespassam
As dores que as vidas alçam
A gente segue aos que calçam
Isso sim é ter razão

Se digo que o novo já é novo
É porque o mundo de novo
Constrói sua geração

segunda-feira, maio 30, 2011

Eu sou uma completa imbecil. Ainda não aprendi a curar minhas dores com sabores senão os químicos.
Holisticamente falando, descobri que meu corpo abriga o maior laboratório da natureza,
E depois de levado à certa temperatura, petrifica encerrando em mim mesma, e prendendo aquilo a que chamo de alma.
Minha vida se reforça após cada quebra, mas são visíveis todas emendas das roupas que me vestem, assim como espero que seja o calor que me ardem os olhos.
Todo pagão que se preze, uiva para a lua. E todo cristão ajoelha-se, no recôndito e escuro quadrado de protejer os que sonham.

sexta-feira, maio 27, 2011

Within my sunlight
I find reazons to fight
Because I'm going beyond
The miraculous mind

In the highway felling
The taste of the loss
The girl is screaming
The name of the boss

From the inside
To Outside
From ahead to behinde
The son is bleeding
across trought the tide

quarta-feira, maio 25, 2011

Transpareço a claridade de um mar
Imito ainda a cor do céu
À noite sou ausente como a luz
E dentro de mim existem milhares de vidas

Existo por fim e por início
Anotando cada instrução
Me reforço em talhar um sacrifício
Acessando mundos com a mão

terça-feira, maio 24, 2011

...

A euforia passou.
Me sinto calma, quieta, morna e adocicada com cinzas. Uma parte minha retornou para seu devido lugar, só não entendi como.
Os dias tem sido muito intensos internamente; sou Dédalo, o labirinto e o minotauro.

Itabuna, 24 de Maio de 2011

Borboletas no estômago, frio, desespero, ardor interno, tremor externo/interno, lágrimas. Uma mente universal dentro de um crânio de um palmo de altura. Hoje o dia amanheceu inevitavelmente absurdo. Minha vontade é de correr pela avenida principal, sorrindo àqueles que nada vêem e por isso são felizes em suas vidas animalescamente humanas. As vozes de mil vidas estão dentro de minha larínge, ecoando apenas em meus ouvidos internos. Vou segurar um grande grito, um grande uivo para quando anoitecer e estiver frio novamente. O universo me permite porque ele me ouve, e ele me ouve porque eu quero ser livre, assim eu ascendo a minha alma, assim eu guardo a precisão dos meus instantes inserida em uma vida diminuta quase invisível.
As vezes eu tenho a plena certeza que aquele que amou ao menos uma única vez, tocou com seu indicador o centro do infinito; o grande vórtice de liberdade latente em tudo aquilo que existe.

terça-feira, maio 10, 2011

Primeiros raios edênicos



À inércia preferida,
Dei em contrapartida um ato
Neste primeiro ato, desataram-se linhas imaginárias
E surgiram linhas douradas sobre minha cabeça.
Nas respirações profundas e conscientes,
Fui sentando a mente no meu colo,
Enquanto a emoção de viver emergia aos olhos.
A cada linha oculta lida, um culto é lembrado
A cada lembrança partida, um pedaço de mim é colado.
O grande criador surge aos poucos no horizonte,
Ele ainda não é o sol,
O Sol e a Lua, talvez sejam seus olhos...
Olhos nos olhos do sol, olhos nos olhos da lua
Dos pés ao topo da cabeça,
O ventre materno nutre os fetos ansiosos e nervosos.

Um grande rei andrógino dorme na caverna,
E seu povo grita à sua espera,
Um mago? Um bruxo? Um Deus? O Deus?
Estou confortada em um berço de plumas,
Meu coração começou a não disparar de medo...
Eu vejo vindo os primeiros raios edênicos.




sábado, maio 07, 2011

Desabafo.

O demônio de olhos quentes tem na língua os símbolos arcaicos do ventre da terra, inseminando com suas gargalhadas o vácuo de liberdade que está morta entre os homens.
Um chamado não aceito fez de mim uma personagem mítica de minha imaginação condicionada, dando-me o direito de morrer como uma ovelha imaculada pela ignorância forjada no medo, comungando com os outros animais.
Hoje, desejo que seja um dia de subida. Eu aceito. Quero dizer... Aceito. Sim, eu quero ser Deus. Por quê não?
Vêem os ecos da infância, onde em sonhos eu lutava contra demônios que emergiam da terra e me perseguiam para a morte, e eu sempre soube que deveria matá-los. Eu sempre soube. Pobre do Ser que não distingue isto daquilo, o alto do baixo.


É um desabafo. Este blog será imenso. Prometo.

sábado, abril 16, 2011

Fito os olhos nos olhos da águia... eu vejo um horizonte azul e morno com cheiro de espumas. Pessoas arrastam suas asas molhadas nas ondas, e deitam-se na areia para secar ao sol. Cores quentes adornam os céus, e cores frias acordam os nativos; Todo o lixo é lavado com sal.
Devemos construir nossas preces aos atlântes, devemos dirigir nossas mentes aos nossos ancestrais, devemos orientar os espíritos que pedem ajuda. Espíritos encarnados ou não. Ter estôgamo forte, e corpo hercúleo, zarpar o nosso navio por sob um mar de mortos e sobreviventes, salvar os animais e curar as carnes. Beber o néctar que vem descendo dos deuses...

sexta-feira, março 18, 2011

Adquirimos o hábito de viver uma história fantástica,
e enjaulamos um animal divino.
Tem dentes de prata, olhos de águia,
Garras de tigre, e pelugem negra.
Atrás de si a escuridão do infinito.

Ao passar, um presságio: a serpente sagrada...
Ouvirão sob a terra as ordens dos Deuses,
Os murmúrios dos espíritos,
Os ensinamentos dos elementos.

Reinarão os loucos sob as catacumbas,
E os livres voarão.
Os mestres serão eleitos por nascimento,
E elegerão uma nova moeda.

quarta-feira, março 16, 2011




Tato

Como o tudo mais roubado,
és tu agora a correr sob as folhas amarelas do parque.
Meus sentidos são todos ouvidos e bocas
num construir e descontruir incessante.
Vendo assim até pareces menor que eu
numa idade que não nasceu para os números pesados
e nem para o outono.

Teus passos são como as melodias de Black stallion,
E eu não quero te prender aos pés dos bancos.
Hoje o céu é cinza como cinza estive
E os trovões reclamam...
Mas eu continuo porque és tu agora a correr sob as folhas amarelas do parque
E meus sentidos são todos olhos e olfato.

terça-feira, março 15, 2011

.

N'aurora, minha janela ao leste diz
Com a circunferência tomada pelo Deus amarelo
Que é mais um dia e que
Viestes em pensamento
Acordar-me a ternura.
Dos meus lábios ao deus amarelo, surge um som:
- Bom dia Sol, Om Tat Sat - e dela, quero logo um abraço...
Passa-tempo-tempo-passa.

Ela mora em uma vila encantada
Onde este Deus nasce em sua porta
E vem hasteando-se no horizonte
Ela têm cachorros, e árvores
Logo me tem, intercalando luas e sóis.


Eles vêem dos céus dourados
Dourando tua pele e pêlos
Eu nem sei quais são raios
Quais são cabelos

Das iluminuras,
Teus cristais vemelho-poente.
Do que desvanece,
O teu sopro branco e quente.

sábado, fevereiro 19, 2011

Sábado 19.02.2011

Eu deveria cuidar de mim como quem abraça o próprio filho ou abarca a mais sublime visão com a retina dilatada pela beleza de estar presa às veias e os glóbulos - vermelhos como meus olhos, e quentes como o ardor da pele seguida do calafrio - tudo junto e separado.
Acho que estou me sentindo exclusa da natureza, mas essa sensação é falsa. Provém da velha sensação de casa vazia depois das visitas de filhos, netos e parentes. Lembrando que a esta altura, você, no caso eu, dentro do contexto, não tenho mais pais. O mesmo monstro que os engoliu nos cerca. Na verdade, o oco provém da certeza, logo após, de que não tinha ninguém em casa e somos estéreis.
Meu corpo parece pertencer à classe dos almoços póstumos, que hoje congelados enfeitam o fundo da geladeira, logo atrás da garrafa semi-vazia de vinho seco. E assim continua o dia; chuva, sol, calor e frio.
Querem ver o cristo na cruz outra vez, hein? Acabei de me lembrar que é um teatro, e que eu estou desempenhando um papel de merda. Meu personagem não era este. Estou sendo sacrificada no ritual de culto ao medo. Um navio pirata vem vindo atrás da neblina.

quarta-feira, janeiro 26, 2011

Se quer saber, viver, ver, venha ver, ao certo, ao longe, um brinde. Ao incerto, um brinde cheio de certeza derramando a sede no esquecimento e a intempérie amarga quando bate, ô, aquela água fria e aquele barulho de espuma... é tanta solidão que vou-me embora morrer nos seixos calada como quem ouve uma sinfonia de som e de luz.... Deus, na sua onisciência sempre retorna quando o sol vem, é dito e certo. Só espera.Vê lá! Já vem, com café e cigarros pra quem fabrica o gosto do Jazz na saliva e cospe. Blup, Blup.Vamos agora. Temos um mundo inteiro de possibilidades...E aquela mulher, ah, aquela mulher tem muitos vícios que não podem ser supridos pelas suas crises idealistas. Melhor comprar um souvenir de gesso e colocá-la ao lado do seu sofá e ver TV.


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Eu sou algo como uma linha hermética que permeia tudo o que existe...
Um paradoxo, uma vertigem atoa no estomago do caos...
Regenero minha carne com a carne putrefata dos vermes, e
me restauro em luz pela luz do que se refaz.
Meu rei mora sob minha coroa, e minha coroa é composta pelos astros do céu.

Jamile Correia